EM BREVE MAIORES DETALHES!
O JARDIM VERMELHO
Todas as Tribos da Literatura estão convidadas a fazer parte desta aldeia formada por amantes das mais variadas formas da arte de escrever!
18 de out. de 2018
9 de set. de 2018
O PEQUENO PRÍNCIPE
Editora:
Agir
Autor: SAINT-EXUPÉRY, ANTONIE DE
Altura: 23.00 cm
Largura: 15.50 cm
Profundidade: 0.60 cm
Número de Páginas: 96
Acabamento: Brochura
Número da Edição: 49
Ano da Edição: 2015
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos
deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Antoine de
Saint-Exupéry
Le Petit Prince, com título em português de Portugal de "O Principezinho" e no português do Brasil "O Pequeno Príncipe", é uma obra maravilhosa que não deve ser olhada com o preconceito simplório de quem nunca a leu.
Obra do escritor francês Saint-Exupéry,
publicada em 1943, trata-se de um livro pequeno em tamanho, mas de números
grandiosos, tendo sido traduzida como poucos o foram na história, e publicado
em mais de 220 idiomas e dialetos.
É um livro que busca
nas recordações do narrador fatos acontecidos desde os seus seis anos de idade,
até seis anos anteriores aos fatos narrados.
Possui elementos da
fábula e da parábola, e dela podemos tirar ensinamentos que facilmente seriam aplicados para entendermos
algumas atitudes comuns nos adultos: dentre elas o fato de sufocarmos nossa
natural imaginação e a tendência de julgamos o que vemos somente pela aparência
e, com isso, desprezar o âmago, o conteúdo das coisas, fatos e pessoas.
Dessa forma, lhe
pergunto: O que você vê na imagem abaixo?
Não
é por acaso que lhe faço essa pergunta. Este foi o primeiro desenho que o
narrador da história fez aos seis anos, e pelo qual ele recebeu a resposta
"obvia" de que o desenho acima é a representação de um chapéu. Mas
porquê um chapéu, e não uma cobra que engoliu um elefante? Para uma pessoa que
nunca teria visto um chapéu, mas que já tivesse visto uma cobra que
engoliu um elefante, essa última resposta
seria mais óbvia, não?
O
primeiro desenho feito pelo narrador quando tinha seis anos, e a reação demonstrada
pela interpretação e conselhos dos adultos de que era um chapéu e o garoto não
tinha talento para desenhar, influenciou-o ao ponto de ele deixar de lado a
importante característica da imaginação. Somente depois de anos, já na idade
adulta, seis anos antes da narrativa do livro, como eu já disse, voltou a
recuperar o que ele há muito havia deixado para trás. Para isso ele foi exposto
a uma situação extrema (seu avião teve uma pane no deserto do Saara) de vida ou
morte, e contou com a ajuda de um "pedacinho de gente inteiramente
extraordinário". Era a principal personagem desta história que
miraculosamente estava diante de si, o pequeno príncipe.
A
história nos mostra como é fácil desistir no primeiro fracasso, e como somos
convencidos pelo mundo de que temos certas limitações e que, portanto, temos
que enveredar um determinado caminho para melhor nos adequarmos.
Mas
é quando ficamos frente à frete com situações como aquela do deserto, que
aquilo que tomamos por verdadeiramente importante para nós vem à tona ― não
importando o quanto elas estiveram suprimidas por afazeres que a consciência
tem como basilares para ser socialmente bem sucedido.
É
claro que isso não quer dizer que com o desenvolvimento dos nossos corpos e
mentes gradativamente só nos dedicamos as coisas inúteis, não, não é isso! O
próprio narrador confessa-o na frase: "É muito útil, quando se está
perdido na noite." Ao referir-se aos seus conhecimentos de Geografia.
O
narrador critica a pretensão adulta de achar que está mais focado em dominar
determinados assuntos que julga importantes, (e por isso seriam inexoravelmente
importantes) em detrimento de outros. Vemos, então, uma crítica indireta à essa
pretensão quando ele diz: "Então eu…Punha-me ao seu alcance. Falava-lhe de
bridge, de golfe, de política, de gravatas. E a pessoa grande ficava encantada
de conhecer um homem tão razoável."
O
livro nos lembra como deixamos de lado o essencial, para nos focarmos no que
nos é aparente, como se a importância de uma pessoa resida nas roupas que ela
veste, ou no lugar de onde ela vem.
Já
o morador do asteroide B 612, o pequeno
príncipe, lhe mostrou tipos humanos e animais, e até mesmo plantas que
representam uma determinada característica psicológica e determinado padrão
moral (que o digam os baobás que
ameaçavam o pequeno asteroide do príncipe, e que eram, por analogia,
semelhantes ao joio da parábola de Jesus, narrada em Mateus 13:24-30 ).
Enfim, este post está ficando longo demais, para uma breve e despretensiosa apresentação.
Não farei um resumo do livro e nem detalharei cada personagem que ele descreve.
Deixo você com o compromisso de abandonar seus preconceitos para trás, para que
você pare de continuar a pensar que este
é somente mais um livro infantil (ao estilo Peppa Pig), e que é o único livro
que as moças participantes de concurso de beleza lêem.
Deixo
você com o desejo de que você também leia este pequeno livro, mas que é um
gigante dos clássicos da literatura. Deixo-o com a vontade de, mesmo tendo alcançado
a idade adulta, vir a conhecer O Pequeno
Príncipe.
Editora:
Geração Editorial
Autor: SAINT-EXUPÉRY, ANTONIE DE
Altura: 23.00 cm
Largura: 15.60 cm
Profundidade: 1.50 cm
Número de Páginas: 160
Acabamento: Capa Dura
30 de ago. de 2018
TIO HERÓI
Autor: Mário Goulart
Editora: Dimensão
Ilustrador: Robson Araújo
Coleção: Revoluções
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 80 páginas
Ilustrador: Robson Araújo
Coleção: Revoluções
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 80 páginas
Bom, a Editora Dimensão tem facilitado em muito o trabalho dos
blogueiros literários. Esclareço. O material a nós enviado é de qualidade muito
relevante. Tio Herói, hoje é sobre esse livro que terei o prazer de
escrever. E é esse livro que me leva a fazer a afirmação acima.
Imagine um garoto de uns oito, nove anos, inteligente e criativo,
mestre em contar as crônicas de sua vida. Imaginou? Esse é Huberto,
carinhosamente chamado de Huba, o grande narrador de Tio Herói. O personagem é
realmente cativante e convence ao leitor com seu trato todo especial àquele
contexto de crianças que conseguem ver sementes de felicidade nas situações
mais simples. É como se “o outro por dentro”, do escritor Mario Goulart,
discutido em capítulo homônimo, fosse aquele garoto, aquele Huba que tão bem
narra suas relações familiares.
O li com um sorriso constante nos lábios. E creio que essa será
também a reação do seu filho, irmão, sobrinho ou quem quer que aprecie a obra.
Tão logo começamos a leitura somos surpreendidos por seu término; não que seja
um livro curto, suas 80 páginas condizem em volume com a literatura
infanto-juvenil, mas por ser essa uma leitura leve, agradável e sobretudo divertida.
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